O termo cultura das mídias surgiu em 1992 através do livro Cultura das Mídias, de Lucia Santaella. Maria Lucia Santaella Braga é uma professora e pesquisadora, possui mais de quarenta livros publicados, tendo como alguns de seus principais temas a semiótica e a cultura das mídias.
"Foi ousado para aquela época o título escolhido. Ousado não apenas porque a palavra 'mídias ainda não havia se disseminado, mas principalmente porque devo confessar que, naquele momento, não tinha perfeita clareza do significado exato que estava dando para a expressão 'cultura das mídias'."
Em seu artigo ''Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano" , Lucia Santaella disse que foi em 1997, através do livro Culturas Híbridas, de Néstor Garcia Canclini que suas ideias foram cleradas a respeito do termo cultura das mídias.
"Hoje, com as ideias mais ajustadas, posso definir com mais precisão o que tenho entendido por cultura das mídias. Ela não se confunde nem com a cultura de massas, de um lado, nem com a cultura virtual ou cibercultura de outro. É, isto sim, uma cultura intermediária, situada entre ambas. Quero dizer, a cultura virtual não brotou diretamente da cultura de massas, mas foi sendo semeada por processos de produção, distribuição e consumo comunicacionais a que chamo de 'cultura das mídias'."
É importante notarmos a evolução que tivemos até então, pois foi ao decorrer dessa evolução que surgiu o conceito cultura das mídias. Se analisarmos bem veremos que tudo começou desde a época das cavernas, aonde não se existia energia, celular, TV, nenhum meio de comunicação, mas já existia uma forma de se comunicar como por exemplo através de sinais, gestos e sons, com o passar do tempo novos meios de comunicação e novas culturas foram surgindo. Santaella divide as eras culturais em seis formações: cultura oral, cultura escrita, cultura impressa, cultura de massas, cultura das mídias e cultura digital.
''Considerando-se que as mídias são conformadoras de novos ambientes sociais, pode-se estudar so ci e da des cuja cultura se molda pela oralidade, então pela escrita, mais tarde pela explosão das imagens na revolução industrial-eletrônica etc.''
Vale aqui destacar que uma nova cultura não faz com que a outra desapareça, há sempre um processo cumulativo. Claro que um suporte pode ser substituído por outro, como no caso do papiro, ou um aparelho é substituído por outro, como no caso do telégrafo.
Lúcia Santaella acredita que os meios de comunicação não passam de meros canais para a transmissão de informação.
"Ora, mídias são meios, e meios, como o próprio nome diz, são simplesmente meios, isto é, suportes materiais, canais físicos, nos quais as linguagens se corporificam e através dos quais transitam. Por isso mesmo, o veículo, meio ou mídia de comunicação é o componente mais superficial, no sentido de ser aquele que primeiro aparece no processo comunicativo."
Já Marshall Mc Luhan diz que "o meio é a mensagem", para ele os meios são tão importantes quanto a mensagem, e não há separação de ambos.
Para entendermos melhor sobre o assunto vale destacar o que seria "o meio de comunicação" e a "mensagem".
O meio de comunicação é aonde será transmitido uma informação, por exemplo através do celular, jornal impresso, revista, TV, etc. Já a mensagem é a informação em si.
Podemos concluir segundo o pensamento de Santaella que a cultura das mídias não é uma cultura de massas (aonde os receptores apenas consumiam uma única mídia e de uma única forma) e nem é uma cultura digital ou cibercultura (nessa o receptor tem o poder de consumir o que deseja, na hora que deseja), mas é sim um intermédio entre ambas, é uma nova cultura que surgiu com as novas mídias.
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Tenho uma prova de cultura das mídias daqui a pouco. Seu post ajudou muito. <3
ResponderExcluirFico muito feliz, que meu post te ajudou. Beijos. <3
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